Descrição
Na perspectiva científica, não há verdades absolutas ou finais, mas sim um questionar contínuo. Fazer perguntas, como primeiro passo, leva a buscar formas (métodos) de investigação que sejam mais apropriadas ao objeto estudado. As respostas fornecidas pela investigação científica, mais do que aplacarem a curiosidade, abrem novas questões que não eram percebidas antes da investigação se iniciar e, com isso, o ato de investigar não tem fim. Ser autocorretiva, passível de revisão e reconstrução constante, é o que torna a ciência viva. Fiel a essa dinâmica, esse terceiro volume avança até os dias atuais com uma seleção de autores que ressalta o não dogmatismo como princípio inalienável do cientista. Ele nos mostra que, assim como ocorre com o fenótipo, a evolução (entendida como mudança) continua atuando sobre o pensamento científico.
Biologicamente, sabe-se que sobre uma base genética, característica da espécie, novas especiações são moldadas pelo ambiente. Da mesma forma, sobre o “DNA filosófico” do behaviorismo, especiações surgem na produção dos behavioristas atuais. É nesse processo instigante que o leitor encontrará nesse Volume III, graças à primorosa seleção de autores feita por Diego Zilio e Kester Carrara. Nele, desenrolam-se sob nossos olhos discordâncias repletas de argumentações bem estruturadas … não raramente permeadas pelo confronto com o behaviorismo radical de Skinner. Sendo voltado para o agora, a estruturação desse volume necessariamente difere dos anteriores: os dois primeiros volumes dessa coleção trouxeram textos de autoria de especialistas que davam a sua versão sobre os autores selecionados; aqui o leitor encontrará apenas quatro capítulos escritos por especialistas, sendo sete escritos pelos próprios autores dos novos behaviorismos. Isso nos permite vislumbrar, sem intermediários, a dinâmica dessa construção … Portanto, ler esses capítulos nos permite vislumbrar as “especiações behavioristas” que est]ao se dando no nosso tempo.